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sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Aprendendo com as crianças.



"Um brinquedo, uma roupa, a pequena cama - os objetos que cercam a vida de
uma criança conservam a sua energia quando ela se ausenta para ir à escola
ou viaja..
Há naquelas coisas uma vibração que se percebe no ar."

A beleza da desordem... A desordem dos brinquedos espalhados pela sala;
peças repletas de cores, sons, cantos arredondados e delicadeza.
A caminha desfeita, ainda aquecida, e lá novamente aquele desalinho sutil,
terno, de pequenos cobertores e mantas sobrepostos, desencontrados e
multicolores.
Tudo parece tão vivo, mesmo na ausência da protagonista daquele espetáculo
radiante.
As crianças modificam os ares por onde passam. Modificam o sentido da vida
dos mais próximos.
Poucos - pobres no sentir - resistem ao seu sorriso, que nos faz recordar
com clareza como são os sorrisos sinceros (tão esquecidos nos dias de hoje).
Poucos passam por elas sem receber uma injeção de vida, de coragem, pois são
mensagens vivas de Deus aos homens dizendo, quem sabe:
Sejam gratos pela oportunidade da vida! Ou: A Criação é um hino constante de
alegria, não deixem de ouvi-lo dia após dia!
E elas, as crianças, são arautos dos Céus, que mantêm em nossa Terra a
docilidade, a esperança, a pureza.
Muitos - pobres no sentir - talvez ainda vejam a infância apenas como um
período de preparação para a vida real.
Lamentável conclusão - precipitada e dura.
O que é a vida real? Poderíamos perguntar.
A vida dos adultos que se esqueceram de sorrir, de brincar? Que se
esqueceram dos verdadeiros objetivos que os trazem aqui?
A vida do ter, da busca desenfreada pelo tal sucesso?
Não creia que a dita vida real esteja nas coisas do Mundo, e nas conquistas
materiais.
Quem sabe, se soubéssemos perceber melhor a rotina das crianças, notaríamos
nuances fabulosas desta verdadeira vida real.
A vida dos detalhes, da simplicidade, do viver o momento, dos abraços,
beijos e carinhos.
A vida da valorização da família, da gratidão aos pais, da atenção ao
pequeno bichinho que passa de uma folha para outra no jardim.
As crianças nos trazem lições constantemente. Não somos nós, os adultos, que
ensinamos a elas as coisas da vida, apenas.
Elas nos mostram caminhos, cores, espectros luminosos, da grande e
verdadeira vida do Espírito.
* * *
E lhe trouxeram crianças para que as tocasse; os discípulos, porém, as
repreendiam.
Vendo isto, Jesus disse-lhes: "Deixai virem a mim as crianças, não as
proibais, porque destas é o Reino de Deus.
Em verdade vos digo, quem não receber o Reino de Deus como uma criança, de
modo algum entrará nele".
E abraçando-as, as abençoava, pondo as mãos sobre elas.

Redação do Momento Espírita com base em citação retirada da obra O som do
silêncio, de Luis Carlos Lisboa, ed. Verus e do Evangelho de Marcos
10:13-16.
Paz,Bem e Luz!!!


quinta-feira, 13 de setembro de 2007

A resposta!!!!


Uma mulher costumava sempre reclamar de tudo na vida: dos filhos, do marido, da situação financeira...Certo dia encontrou-se com Jesus e disse: - Senhor, compadece-te de mim! O mundo me atormenta e a vida faz-me escrava. Tenho um filho que incessantemente me fere o coração. Esperei-o com os melhores sonhos, embalei-o nos braços... Entretanto, encontro nele meu suplício. Por que isso, Senhor? Por que tanto sofrimento?E Jesus, em Seu infinito Amor e bondade, respondeu àquela mulher:- Minha filha. Só o amor pode educar os filhos de Deus. Que seria do tronco se a terra não o suportasse, ou do ninho sem que a ramada lhe resguardasse a esperança?- Mas, Senhor, e comigo? Quem teria colocado em meus braços semelhante martírio? Quem talvez, por engano, terá colocado em meu peito esse filho difícil e indiferente, acreditando que o meu amor ignorantee frágil conseguiria educá-lo? Então, com grande surpresa, a pobre mulher escutou de Jesus estas simples palavras:- Minha filha...Fui eu.Moral da história: Todas as vezes que passamos por dificuldades, estamos sendo provados, mas também enriquecidos com a graça de Deus. Não desistamos perante os obstáculos, confiemos plenamente no Amor de Jesus e os fardos se tornarão leves.(Fonte:Portal Pe.Marcelo Rossi)
Paz,Bem e Luz!!!!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Deus no Meu Quintal.




"Alguns guardam o domingo indo à igreja
eu o guardo ficando em casa
tendo um sabiá como cantor
e um pomar por santuário.

Alguns guardam o domingo em vestes brancas
mas eu só uso minhas asas
e ao invés de repicar dos sinos da igreja
nosso pássaro canta na palmeira.

É Deus que está pregando, pregador admirável
e o Seu sermão é sempre curto
Assim, ao invés de chegar ao céu, só no final
Eu o encontro o tempo todo no quintal."

Emily Dickinson, autora deste poema, reveste de beleza singela uma idéia
muito profunda e importante, a respeito de nossa adoração a Deus.
Haverá lugar específico para adorar a Deus? Haverá tempo certo, posição mais
adequada, formas, vestimentas?
Estudemos a orientação primordial de Jesus, que foi bastante claro em dizer
que "Deus é Espírito, e deve ser adorado em Espírito e Verdade."
O Espírito não tem forma, não é corpo, não é matéria.
Assim, o que o Mestre deseja dizer com adorá-Lo em Espírito, é que tal
adoração deve ser interior, e que não precisa das formas exteriores.
A adoração deverá ser sempre de Espírito para Espírito, de nossa alma para o
Criador, independente de onde estivermos, independente das formas exteriores
utilizadas.
Há de se considerar as crenças humanas arraigadas, que trouxeram para as
formas externas muitos hábitos, muitos rituais envolvendo o contato com
Deus.
Porém, a alma madura, esclarecida, conhecedora da verdade, da mesma verdade
da qual Cristo fala nesta passagem, precisa ir mudando seus costumes
gradativamente.
A adoração a Deus em Espírito, abre-nos mil possibilidades inigualáveis.
Independente se estamos nesta ou naquela crença religiosa, se neste ou
naquele local, se usando destas ou daquelas palavras, podemos nos comunicar
com Ele.
Quando o pensamento está elevado, quando se reveste do bem, da caridade, da
poesia, ele está em contato com o Criador.
Quando admiramos a natureza num fundo de quintal, e percebemos a grandeza da
Criação, nos sentindo parte de algo grandioso e maravilhoso, estamos
adorando o Criador.
Quando praticamos as leis de Deus, inscritas em nossa consciência,
colocamo-nos em comunhão com Ele.
Basta a sintonia mental positiva. Basta a alegria de viver. Basta a gratidão
pela existência, pelos seres amados, e lá estamos nós sintonizados com o
Pai.
Adorar a Deus em Espírito e Verdade, é conhecer a felicidade no caminhar, é
despertar para a verdadeira vida todos os dias.
Pense nisso.

Você sabia?

Você sabia que Allan Kardec, na terceira parte de "O livro dos espíritos",
trata sobre a lei de adoração?
Na questão 654 ele pergunta: "Deus dá preferência aos que O adoram desse ou
daquele modo?"
Ao que os Espíritos lhe respondem: "Deus prefere os que O adoram
verdadeiramente com o coração, com sinceridade, fazendo o bem e evitando o
mal(...)"

Redação do Momento Espírita com base no item 654, de O livro dos espíritos,
de Allan Kardec, ed. Feb, e versos da poetisa americana Emily Dickinson,, do
livro Complete poems, ed. BackBay Books.